sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Estudo do Ibram revela que Brasil já tem mais de 3 mil museus


Quatro anos de trabalho, mais de 30 profissionais envolvidos e um resultado inédito: pela primeira vez na história, o Brasil conta com um estudo aprofundado sobre a quantidade e qualidade de seus museus.

Editada pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram/MinC), a publicação Museus em Números é resultado da sistematização que o Cadastro Nacional de Museus tem feito de informações sobre museus em todo o território nacional desde 2006. Os dados revelados pela publicação serão divulgados nesta terça-feira, dia 14, às 11h, no Salão Nobre do Museu da República (Rua do Catete, 153, Rio de Janeiro/RJ). 

O resultado deste “censo museológico” revela que o Brasil, que iniciou o século XX com 12 museus, já conta com 3.025 instituições museais mapeadas. Dessas, 1.500 responderam à pesquisa. 

Localização, acervo, caracterização física, acessibilidade, infraestrutura para o recebimento de turistas estrangeiros, funcionamento, segurança, atividades, serviços, recursos humanos e orçamento foram os aspectos investigados.

A edição traz dados estatísticos comentados sobre a realidade de cada Unidade da Federação no que se refere ao quantitativo e perfil de seus museus, além de situar a realidade brasileira no cenário museológico internacional.

Analisadas por uma equipe multidisciplinar, as informações colhidas trazem à tona as particularidades de caráter nacional e regional que determinam a atual configuração do setor, apontando avanços e desafios.
A ideia é que a publicação seja periódica, com edições trienais, e sirva de referência para o planejamento de políticas públicas, o desenvolvimento de pesquisas relacionadas ao setor e a participação social. 

Veja a seguir alguns destaques da pesquisa:
  • 21,1% dos municípios brasileiros possuem museus;
  • número de museus já ultrapassa o de teatros e de salas de cinema no País;
  • maior parte dos museus é pública e gratuita;
  • a maioria das instituições tem menos de 30 anos.
       
Fonte: Assessoria de Comunicação, Ibram/MinC

Mais investimento


Orçamento do Ministério da Cultura em 2011 será 20% maior do que em 2010

Mais de R$ 1,6 bi. Esse é o orçamento do Ministério da Cultura para o ano de 2011, que foi enviado ao Congresso Nacional. Esse valor representa um aumento de 20% em relação ao orçamento de 2010, orçado inicialmente em pouco mais de R$ 1,3 bi. Mas o valor investido na área ultrapassou os R$ 2,2 bilhões, pois emendas parlamentares garantiram um aumento de R$ 855,6 milhões.

Do total de R$ 2,2 bi, cerca de 80%, ou seja, R$ 1,8 bi fazem parte do chamado orçamento discricionário, que exclui os gastos obrigatórios (pessoal, dívida, precatório). Os valores disponibilizados para cobrir esses custeios não ultrapassaram os R$ 500 milhões.

Do orçamento inicial, de R$ 1,8 bi, R$ 942 milhões foram autorizados e R$ 827 milhões estavam empenhados em 24 de novembro. Ou seja, não haviam sido pagos, mas estavam reservados para provimento de ações, programas e políticas do Ministério.

Fundo Nacional de Cultura

Já o orçamento do Fundo Nacional de Cultura em 2011 será de mais R$ 326 milhões. Desde agosto, lei sancionada pelo então presidente da República Luiz Ignácio Lula da Silva, protege os recursos do FNC. O Ministério da Cultura conseguiu, em negociação com o Congresso Nacional, criar uma emenda protegendo o FNC de qualquer forma de contingenciamento.

Em 2007, foram disponibilizados R$ 472,8 milhões do FNC para serem investidos em programas e projetos culturais no ano de 2008. O valor investido em 2009 – aprovado em 2008 – subiu para R$ 523,3 milhões. No ano de 2010 – aprovado na LDO de 2009 – o Ministério da Cultura conseguiu R$ 898,1 milhões para o FNC.

(Marcos Agostinho, Comunicação Social/MinC)

Ibram lança Museália - Revista de Cultura e Museus


Museália - Revista de Cultura e Museus é a mais recente publicação do Ibram. De cunho institucional e edição semestral, a revista pretende mostrar não só o trabalho do Ibram, mas também o que acontece nos museus brasileiros. É uma forma de divulgar à sociedade os eventos da área museológica e a atuação do Instituto, dos museus e instituições museais de todo o país. A revista, que já está disponível para leitura neste site, em breve será distribuída gratuitamente para museus e instituições museais.

Destacam-se, nesta primeira edição, as coberturas da 4ª Primavera dos Museus, realizada em setembro de 2010; da 8ª Semana dos Museus, que acontece sempre na semana do dia 18 de maio, Dia Internacional de Museus; e do 4º Fórum de Museus.

Museália também conta com reportagens sobre reservas técnicas, sobre prêmios e editais do Ibram e sobre o Colóquio de Arte Contemporânea, entre outros assuntos. Há tam­bém uma seção permanente com dicas de livros e filmes e várias entrevistas in­teressantes com pessoas ligadas ao mundo das artes e de museus.
Os primeiros exemplares da publicação foram distribuídos aos participantes do evento comemorativo ao Dia do Museólogo, realizado pelo Ibram e Organização dos Estados Ibero-americanos no dia 18 de dezembro no Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro.

       

Fonte: Assessoria de Comunicação, Ibram/MinC

Ana de Hollanda toma posse no Ministério da Cultura


Artistas, autoridades, servidores e profissionais da cultura se reuniram, nesta segunda-feira (3), para assistir à cerimônia de transmissão de cargo do ex-ministro da Cultura, Juca Ferreira, para a nova ministra da Cultura, Ana de Hollanda. Os dois se encontraram no gabinete do Ministro, no Ministério da Cultura, de onde seguiram para a solenidade.

O ex-ministro da Cultura, Juca Ferreira, agradeceu ao ex-presidente Lula e ao ex-ministro da pasta, Gilberto Gil, pelo apoio e declarou estar realizado com o trabalho desenvolvido nesses últimos oito anos. O ex-ministro fez questão de salientar que o trabalho de todos possibilitou o que chamou de uma obra coletiva. “Fomos além dos deveres e das obrigações. Nesses oito anos, nós, dirigentes e servidores, nos dedicamos de corpo e alma a fazer de um ministério inexpressivo, como o que pegamos dos governos anteriores, um poderoso instrumento de apoio aos artistas e às políticas culturais”.

Para a ministra Ana de Hollanda, o governo deixou uma importante herança que não pode e não deve ser desconsiderada. “O que recebemos hoje aqui é um legado positivo de avanços democráticos. É uma herança de um governo que se compenetrou de sua missão de fomentador, incentivador, financiador e indutor do processo de desenvolvimento cultural do país”. Por conta disso, a ministra frisou que dará continuidade a projetos que já existem e que foram e são importantes para o fomento da cultura no país.

Ana de Hollanda também ressaltou que pretende trazer novas possibilidades para o Ministério. “Quando queremos levar um processo adiante, a gente se vê na fascinante obrigação de dar passos novos e inovadores. Esse será um dos nortes da nossa atuação no Ministério da Cultura: continuar e avançar”.

A ministra ainda aproveitou a ocasião para pedir aos deputados e senadores presentes apoio para aprovação do Vale Cultura, programa de cultura do trabalhador que visa fomentar a economia da cultura no país, ainda em tramitação do Congresso Nacional. Ela revelou que aumentar o acesso à cultura será prioridade em sua gestão. “O que nós queremos e precisamos fazer é o casamento da ascensão social e da ascensão cultural, para acabar com a fome de cultura que ainda existe em nosso país”.

A ministra
 Ana de Hollanda nasceu em uma família de intelectuais e artistas, é filha do casal Sérgio Buarque de Hollanda – um dos mais importantes historiadores brasileiros – e da pianista Maria Amélia Alvim. Aos 62 anos, é cantora, compositora e gestora cultural.
De 1983 a 1985, chefiou o setor musical do Centro Cultural de São Paulo. Entre os anos de 1986 a 1988, foi secretária de Cultura do município de Osasco, na gestão Humberto Parro (PMDB). De 2003 a 2007, dirigiu o Centro de Música da Fundação Nacional de Artes, do Ministério da Cultura (Funarte/MinC). Nos últimos três anos, foi vice-presidente do Museu da Imagem e do Som (MIS), do Rio de Janeiro. (Com informações da Assessoria de Comunicação do Ministério da Cultura)
       
Fonte: Portal do Ministério da Cultura
Data de Publicação:  04/01/2011