quinta-feira, 25 de agosto de 2011



Ibram lança campanha e apresenta editais na Câmara dos Deputados
 
O Ibram lançou, nesta quarta-feira (24), a Campanha de Apoio Parlamentar à Área Museal. O evento foi realizado na Câmara dos Deputados e contou com a participação da ministra da Cultura, Ana de Hollanda, e do presidente do Instituto Brasileiro de Museus, José do Nascimento Junior. Deputados da Comissão de Educação e Cultura (CEC) da Câmara e senadores da Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) do Senado também compareceram.
Na campanha, o Ibram pede o apoio dos parlamentares, que podem auxiliar, a partir da apresentação de emendas ao orçamento que contemplem o setor museal, na promoção da memória e dos museus como direito irrefutável de todos os cidadãos brasileiros. “Cultura gera renda e desenvolvimento e é nesse sentido que vimos aqui pedir o apoio dos parlamentares”, afirmou José do Nascimento Junior durante o lançamento.
Como prestação de contas à Comissão de Educação e Cultura da Câmara, Nascimento Jr. apresentou os nove editais do Programa de Fomento aos Museus Ibram 2011, que serão lançados na primeira quinzena de setembro. Os investimentos para os editais totalizam R$ 16.860.203 e são resultado de duas emendas parlamentares apresentadas pela CEC e aprovadas pela Comissão do Fundo Nacional de Cultura.
Este valor será destinado a prêmios e projetos relacionados à construção e modernização de museus, ao incentivo a artistas contemporâneos, à divulgação do tema museu em diversas mídias e ao apoio a iniciativas e experiências de memória social desenvolvidas por comunidades e grupos populares, bem como às despesas administrativas de cada edital.
A ministra Ana de Hollanda ressaltou que estava ali para prestar contas, mas também para pedir novamente o apoio dos parlamentares, uma vez que o orçamento para a área é pequeno e as ações necessárias são muitas. Os parlamentares parabenizaram o Ministério da Cultura e o Ibram pelo esclarecimento sobre as atividades realizadas com os recursos das emendas.
Os deputados presentes, entre eles, Stepan Nercessian (PPS/RJ), Jandira Feghali (PCdoB/RJ), Waldenor Pereira (PT/BA) e Paulo Rubem Santiago (PDT/PE), foram unânimes em afirmar a importância, para o País, das políticas públicas de Cultura e a necessidade de se valorizar a área. Eles ressaltaram que, mesmo com poucos recursos, a Cultura consegue sempre realizar bons projetos. “É preciso começar a pensar em projetos megalômanos”, destacou o deputado Stepan Nercessian.
Muito aplaudido durante sua fala, o deputado Paulo Rubem Santiago declamou uma poesia feita por ele durante a reunião e que, nas palavras da Ministra, disse tudo que todos queriam dizer. Veja a íntegra abaixo:
“Museu escola, museu semente
Vida melhor, cultura para gente!
Não há canto do país que não ensine
Seus caminhos, sua história, sua luz
Nossa terra, nossa gente, nosso sonho
Um país, uma pátria que seduz
Nossa arte, nossas mãos que tanto operam
Nossas lutas, um país em construção
Sabinada, balaiada e a praieira
Nossa gente sempre quis revolução
Não precisa ser gigante, um monumento
Um museu pode ser até um canto
Mas que guarde, que revele com vigor
Nossa história, nossa gente, nosso encanto
Certa vez afirmei aqui na casa
Que a cultura que não tem seu orçamento
Nos revela tristemente e com certeza
Um país que não tem um fundamento
Eis então nosso belo desafio
Um museu por cidade no país
A memória resgatada com apreço
A história ensinada do começo
Nossa gente conhecendo a raiz!” (Paulo Rubem Santiago)
Fonte: Ascom/IbramCrédito da foto: Leonardo Prado/Câmara dos Deputados

domingo, 19 de junho de 2011

Exposição Vestígios Arqueológicos


Qual a primeira coisa em que se pensa ao ouvir a palavra “Arqueologia”: coisas velhas? Tesouros? Indiana Jones? Múmias? Pirâmides do Egito? Dinossauros?
     
Para mostrar um pouco do que trata realmente a Arqueologia, os alunos do curso de Museologia da UFPa promoverão a exposição “Vestígios Arqueológicos: o passado no presente”, na galeria César Moraes Leite, do Vadião, de 20 de junho à 1° de julho, das 10h às 17h. A atividade faz parte da avaliação da disciplina “Arqueologia da Amazônia”, ministrada pela Profª Denise Schaan, que também coordena o projeto.

O tema da exposição é a Arqueologia em si: o que ela estuda, como estuda e sua importância para sociedade. Muitas vezes, a ideia que algumas pessoas tem da Arqueologia pode ser um tanto deturpada, devido ao estereótipo alimentado principalmente pelo cinema: caças à tesouros, maldições, entre outros. Portanto, esta exposição vem a ser uma oportunidade para esclarecer o que a Arqueologia realmente é. Serão expostos objetos coletados em escavações na própria região Amazônica, a qual é um grande campo de pesquisa arqueológica, fato desconhecido por muitos.

Essa é a primeira exposição organizada inteiramente pelos estudantes de Museologia, o que dá a eles a oportunidade não apenas de vivenciar um dos campos de atuação do Museólogo, mas também de contribuir com a comunidade acadêmica em geral.

Serviço:

Local: Galeria César Moraes Leite (Espaço recreativo do Vadião UFPA) 
Período: De 20 Junho a 01 de Julho
Horário de Funcionamento: Segunda a Sexta de 10 as 17 Horas.

Abertura da Exposição dia 20, as 17 Horas. 

sábado, 23 de abril de 2011

Administração Superior discute demandas do Instituto de Ciências das Artes


Representantes da Administração Superior da Universidade Federal do Pará (UFPA) visitaram, nesta terça-feira, 19, o Ateliê de Artes do Instituto de Ciências da Arte e, num diálogo com alunos e professores, ouviram as demandas e anseios da comunidade acadêmica do ICA. Eles foram recebidos pela banda de música da Escola de Música da UFPA, sob a regência do professor Jacob Cantão.


Em seguida, professores, diretores e alunos das escolas e faculdades do Instituto fizeram as suas colocações em relação aos cursos. A principal demanda apresentada no encontro foi a falta de novos espaços físicos para abrigar laboratórios e salas de aula. No prédio onde funcionam os cursos de Música e Artes Visuais, no Campus Profissional da UFPA, os espaços tornaram-se insuficientes para atender às atividades de ensino e pesquisa. A criação de novas graduações, como Cinema e Museologia, também provocou a demanda por novos espaços físicos para a instalação de equipamentos.

Para responder a estes e a outros questionamentos, estiveram presentes no encontro o reitor Carlos Maneschy, a pró-reitora de Ensino de Graduação (Proeg), Marlene Freitas; os pró-reitores de Administração (Proad), Edson Ortiz; de Planejamento (Proplan), Erick Pedreira; de Pesquisa e Pós-Graduação (Propesp), Emmanuel Tourinho; e de Extensão (Proex), Fernando Artur Neves.

O reitor Carlos Maneschy ratificou o compromisso feito pela Administração Superior de colocar em atividade o novo prédio da Faculdade de Artes Visuais (FAV), bem como o da Faculdade de Música. O reitor também explicou aos participantes todo o processo burocrático que a gestão precisa enfrentar para fazer com que as coisas se materializem.


Em agosto de 2010, foi concluído o projeto de construção do prédio da FAV. No início de 2011, foi aberta licitação para a contratação da empresa responsável pela execução das obras. Já o projeto da Faculdade de Música foi entregue somente este ano. “É preciso compreender que as coisas não acontecem ou deixam de acontecer por simples desejo, má vontade, voluntarismo ou o que quer que seja de cada um. Nós estamos também dentro de uma conjuntura administrativa que nos permite agir apenas a partir do que podemos fazer dentro do ponto de vista legal. As amarras burocráticas são grandes para a realização de obras e isso ocorre em toda a administração pública”, afirmou o reitor.

Quanto a equipamentos encaixotados, o reitor ressaltou, ainda, que “há um descompasso claro no tempo das aquisições de bens e serviços. Para adquirir computadores, mesas ou outros equipamentos, há um tempo distinto do das obras. Portanto, não é surpreendente que os equipamentos cheguem antes das obras, porque estas naturalmente levarão um tempo muito maior.”

Ao final do encontro, o reitor e os pró-reitores visitaram as instalações do prédio do Ateliê de Artes, acompanhados por professores e alunos do ICA.

Texto: Éricka Pinto - Assessoria de Comunicação da UFPA
Fotos: Karol Khaled

domingo, 3 de abril de 2011

Vídeo sobre o curso de Museologia, Faz O que? Museologia UFG

A Universidade Federal de Goiás realiza um programa destinado a expor os cursos ofertados pela UFG, de forma que apresente ao tele-espectador a dinâmica do estudo e do trabalho e um profissional da área tratada pelo programa. O vídeo abaixo mostra o campo de um profissional da museologia, apesar ser um exemplo de Goiás reparem nas semelhanças mesmo porque o curso de museologia da UFG é recente como o nosso, assim podemos ver como o curso de museologia é visto em outros estados. 

Faz o que? Museologia part. I

Faz o que? Museologia part. II

Gente o vídeo estava dando erro, mas está aqui o link para ver o resto do programa.                 
Faz o que? Museologia part. III: http://www.youtube.com/watch?v=vQ7XL7BcTVI&NR=1

domingo, 27 de março de 2011

Ana de Hollanda fala a jornal sobre polêmicas no MinC e diz que reações a ela são 'violentas'


RIO - Alvo de pesadas polêmicas no ministério da Cultura, Ana de Hollanda admitiu que as reações a ela estão sendo ainda mais violentas do que imaginava ao assumir a pasta, em janeiro. Em entrevista ao jornal " O Estado de São Paulo" deste domingo, a ministra comentou as principais polêmicas de sua curta e já turbulenta gestão, como a retirada da licença Creative Commons do site do MinC, suas supostas ligações com o Ecad, ou os protestos contra a aprovação de captação de verba de R$ 1,3 milhão para Maria Bethânia criar um blog de poesia.
"Por mais que tentemos esclarecer que estamos estudando as questões, as pessoas querem respostas imediatas", defendeu-se Ana de Hollanda, que considerou "muito estranha a gritaria" que a retirada do Creative Commons causou. "Aquele selo era uma propaganda dentro do site do MinC. Não existe a possibilidade de você fazer propaganda ali. A responsável agora sou eu e eu não podia permitir que isso continuasse", disse ela.
Caetano, sobre o caso do blog de Bethânia: 'É preciso defender os fortes contra os fracos'
O Creative Commons (CC) é uma licença jurídica criada para atualizar o direito autoral frente às mudanças no consumo cultural trazidas com a popularização da internet. Foi adotada pelo MinC na gestão de Gilberto Gil, durante o governo Lula. Ele modifica o mote do copyright de "todos os direitos reservados" para "alguns direitos reservados" - ou seja, cabe ao autor determinar, em sua obra, o que será ou não liberado para o público, desde que a fonte seja devidamente preservada. Ana de Hollanda, porém, enxerga a questão de outro modo. "A democratização é possível sempre, mas ela tem de prever também o pagamento àqueles que criam. Um autor de um livro que trabalha dez anos com pesquisa vive disso. O direito autoral é o salário dele", afirmou.
A polêmica gerada após a aprovação, via Lei Rouanet, para Maria Bethânia captar R$ 1,3 milhão para a criação de um blog de poesia, não passou de "tempestade em copo d'água". "Projetos assim são aprovados mensalmente", disse. Mas admitiu que, no modelo atual da lei, são os departamentos de marketing das grandes empresas quem conduzem a política cultural do Brasil. "Quando falamos da necessidade da cultura ser autossustentável, vejo como a Lei Rouanet foi prejudicial. E para os artistas se inserirem nisso, precisam ter o nome forte. Agora, uma atividade mais experimental, nova, que não estiver no gosto do mercado, vai ter uma difícil aceitação. A Lei Rouanet viciou o mercado a trabalhar só através dela", disse.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Em frente e avante! Trajetória da organização das graduações em Museologia no Brasil.

Ano: 2008 
Autor: Ana Carolina Gelmini de Faria
E-mail: carolgelmini@hotmail.com


É fato que a história do Curso de Museologia no Brasil está em plena transformação, rumando em passos largos, fortalecendo-se como nunca antes em questão de disseminação territorial e reconhecimento profissional. Nesta última década, observamos a criação de 07 cursos de graduação já em andamento (UNIRIO, UFBA, UNIBAVE, UFS, UFRGS, UFRB, UFPEL) e 01 mestrado em Museologia e Patrimônio (UNIRIO). Percebe-se esta movimentação inédita ao observar a trajetória dos cursos mais antigos: o da UNIRIO foi criado em 1932 e só teve a companhia de outra graduação no país na década de 1970, pela UFBA, contribuindo para a disseminação de museólogos por outras regiões do Brasil.

Com uma transformação no cenário museal, os graduandos perceberam a necessidade de articularem movimentos em que, juntos, trocassem notícias, idéias, propostas para um melhor desenvolvimento acadêmico e capacitação profissional. Em Dezembro de 2004, em decorrência do I Fórum Nacional de Museus, em Salvador, foi criado o I Encontro Nacional dos Estudantes de Museologia em paralelo a programação do fórum, numa tentativa inédita de reunir todos os estudantes de museologia do país.
“O 1º ENEMU representou um momento até então
inédito na Museologia, reunindo alunos das três graduações existentes no Brasil. Além das apresentações de trabalhos de pesquisa realizados pelos alunos, e de palestras, que reuniram diversos profissionais da área, o encontro foi um momento de reflexão à atual conjuntura do campo da Museologia no país.” (I ENEMU, 2004,
p.67).

Um dos frutos do I ENEMU foi a Rede Nacional de Estudantes de Museologia – RENEMU. Seu objetivo era de “congregar os estudantes de Museologia do país, construindo uma alternativa de articulação entre os cursos de graduação existentes” (RENEMU, internet).

Atuando como uma rede, cada universidade votava em até dois representantes que, tendo as mesmas funcionalidades, exerciam o papel de avaliar as situações de cada curso, propor incentivos e melhorias. A primeira organização foi composta por graduandos da UNIRIO, UFBA e FEBAVE. Em 2006, no II Fórum Nacional de Museus, a temática do encontro era Museologia e Juventude, assunto bem próximo ao espírito de conquista dos estudantes de graduação, fortalecendo os debates no II Encontro Nacional dos Estudantes de Museologia.
“(...) Sabemos que construir uma forma esperta de conduzir o rumo sem perder a paciência e a perseverança tranqüila de quem aspira um objetivo nos exige teimosia e lealdade. Teimosia para que a
caminhada não se perca, nem desacelere. E lealdade, com o que nos propomos a fazer, com o que escolhemos para sermos num futuro perto. Todos estamos muito perto e nessa rede podemos ousar para mudar.” (II ENEMU, 2006).

No II ENEMU os graduandos reconheceram a necessidade de aumentar a articulação do RENEMU, e apontavam como necessidades a criação de um estatuto, buscas de parcerias e capacitação de recursos e financiamento. Foi decidido que a estrutura em rede permaneceria, e novos representantes tinham a missão de intensificar o movimento de parceria entre os cursos.

Em 2008, ainda ocorrendo em paralelo à programação do III Fórum Nacional de Museus, o III ENEMU já foi estruturado com prévias de grandes transformações. Agora abrangendo 07 cursos de Museologia, ter tantos representantes sem distribuição de cargos não estava, na prática, promovendo a funcionalidade da rede. Surgiu uma proposta do curso da UFBA: criar uma executiva nacional, um novo meio de comunicação entre os mesmos, uma representação máxima dos estudantes. Após muitos debates, foi decidido que o RENEMU passaria a ser ExNEMUS (Executiva Nacional dos Estudantes de Museologia). A busca inicial é de um momento de transição, não esquecendo as raízes que geraram esta profundidade de organização.

No fundo, o ideal é o mesmo: a busca de qualidade de formação e integração entre os futuros profissionais. A ExNEMUS foi composta em cargos que atendam a participação do alunado frente a sua área de trabalho: três coordenações estruturais (fixas); Articulação Nacional, Comunicação, e Finanças, e três temáticas de exploração – Política Museológica, Patrimônio e Cultura, e Formação em Museologia e Diretrizes Curriculares – que podem ser alteradas conforme as necessidades dos graduandos (ExNEMUS, 2008). Através do estatuto é possível observar seus objetivos principais:
“Constituem objetivos fundamentais da ExNEMUS:
I – Congregar os estudantes de museologia do Brasil, possibilitandounidade das suas ações com o fim de solucionar seus problemas;
II – Defender a cultura e o patrimônio cultural como direito de todos e dever do Estado.
III – Promover o contato e o intercâmbio com outras entidades em nível Municipal, Regional, Nacional e Internacional, visando sempre o fortalecimento e a unidade do Movimento Estudantil;
IV - Incentivar a criação de entidades de base representativas (CA’s e DA’s), livres e independentes de qualquer órgão ou poder;
V - Custear financeiramente, se possível, as despesas dos estudantes em representação da Coordenação Nacional da ExNEMUS mediante repasse e recibos da atividade.
VI – Realizar anualmente as atividades previstas pelo calendário da ExNEMUS, previamente divulgado, em conjunto com uma comissão local.
VII – Integrar a defesa dos interesses e direitos dos estudantes de museologia, com compromisso social.
VIII – Lutar por uma educação pública e gratuita de qualidade.
IX – Promover os seminários de formação política.
X – Participar dos espaços deliberativos da UNE objetivando trazer para os estudantes as questões enfrentadas por esta entidade, bem como levar para ela as lutas específicas dos estudantes de museologia, sendo sempre autônoma perante a União Nacional dos Estudantes.
XI – Defender a educação pública gratuita e de qualidade assim como a excelência do ensino nas Universidades privadas, com o intuito de servir a comunidade. Posicionando-se como um agente de desenvolvimento social em conjunto da gratuidade desse saber para a sociedade nas universidades privadas” (ExNEMUS, 2008).

Com esta estruturação, diferentes formas de comunicação entre os cursos se efetivarão: seja por meios eletrônicos com comunidade e grupo on-line, impressos através de boletins, reuniões regionais e entre os representantes do ExNEMUS e, principalmente, através do Encontro Nacional dos Estudantes de Museologia, onde anualmente, será apresentado todo o trabalho desenvolvido entre as universidades e na coletividade por meio da executiva. Colhemos frutos quando plantamos boas sementes. A percepção que tenho da articulação destas graduações é que a formação de uma rede nacional foi a semente cultivada; esta proporcionou brotos, replantados em forma de executiva, que possibilitará frutos mais fortalecidos e maduros. Tudo ainda é muito novo, e uma avaliação efetiva só poderá ocorrer após os próximos encontros. Mas, só pela vontade de unirmos forças, já valeu a pena.

REFERÊNCIAS:

ExNEMUS. Estatuto da Executiva Nacional dos Estudantes de Museologia. Florianópolis, 2008.
ExNEMUS. Boletim informativo da Executiva Nacional dos Estudantes de Museologia. nº 01, Setembro, 2008. I ENEMU. 1º Encontro Nacional de Estudantes de Museologia. In: Relatório do 1º Fórum Nacional de Museus: A imaginação museal: os caminhos da democracia. Brasília, DF: MinC/IPHAN/DEMU, 2004, p. 67-68.
II ENEMU. Ousadia para mudar – debates do II ENEMU. Ouro Preto, 2006.
RENEMU. Rede Nacional de Estudantes de Museologia. Disponível em:
www.museologia.org.br/renemu.
Acesso em: 27/09/2008.

Autor: Ana Carolina Gelmini de Faria
E-mail: carolgelmini@hotmail.com

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Estudo do Ibram revela que Brasil já tem mais de 3 mil museus


Quatro anos de trabalho, mais de 30 profissionais envolvidos e um resultado inédito: pela primeira vez na história, o Brasil conta com um estudo aprofundado sobre a quantidade e qualidade de seus museus.

Editada pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram/MinC), a publicação Museus em Números é resultado da sistematização que o Cadastro Nacional de Museus tem feito de informações sobre museus em todo o território nacional desde 2006. Os dados revelados pela publicação serão divulgados nesta terça-feira, dia 14, às 11h, no Salão Nobre do Museu da República (Rua do Catete, 153, Rio de Janeiro/RJ). 

O resultado deste “censo museológico” revela que o Brasil, que iniciou o século XX com 12 museus, já conta com 3.025 instituições museais mapeadas. Dessas, 1.500 responderam à pesquisa. 

Localização, acervo, caracterização física, acessibilidade, infraestrutura para o recebimento de turistas estrangeiros, funcionamento, segurança, atividades, serviços, recursos humanos e orçamento foram os aspectos investigados.

A edição traz dados estatísticos comentados sobre a realidade de cada Unidade da Federação no que se refere ao quantitativo e perfil de seus museus, além de situar a realidade brasileira no cenário museológico internacional.

Analisadas por uma equipe multidisciplinar, as informações colhidas trazem à tona as particularidades de caráter nacional e regional que determinam a atual configuração do setor, apontando avanços e desafios.
A ideia é que a publicação seja periódica, com edições trienais, e sirva de referência para o planejamento de políticas públicas, o desenvolvimento de pesquisas relacionadas ao setor e a participação social. 

Veja a seguir alguns destaques da pesquisa:
  • 21,1% dos municípios brasileiros possuem museus;
  • número de museus já ultrapassa o de teatros e de salas de cinema no País;
  • maior parte dos museus é pública e gratuita;
  • a maioria das instituições tem menos de 30 anos.
       
Fonte: Assessoria de Comunicação, Ibram/MinC

Mais investimento


Orçamento do Ministério da Cultura em 2011 será 20% maior do que em 2010

Mais de R$ 1,6 bi. Esse é o orçamento do Ministério da Cultura para o ano de 2011, que foi enviado ao Congresso Nacional. Esse valor representa um aumento de 20% em relação ao orçamento de 2010, orçado inicialmente em pouco mais de R$ 1,3 bi. Mas o valor investido na área ultrapassou os R$ 2,2 bilhões, pois emendas parlamentares garantiram um aumento de R$ 855,6 milhões.

Do total de R$ 2,2 bi, cerca de 80%, ou seja, R$ 1,8 bi fazem parte do chamado orçamento discricionário, que exclui os gastos obrigatórios (pessoal, dívida, precatório). Os valores disponibilizados para cobrir esses custeios não ultrapassaram os R$ 500 milhões.

Do orçamento inicial, de R$ 1,8 bi, R$ 942 milhões foram autorizados e R$ 827 milhões estavam empenhados em 24 de novembro. Ou seja, não haviam sido pagos, mas estavam reservados para provimento de ações, programas e políticas do Ministério.

Fundo Nacional de Cultura

Já o orçamento do Fundo Nacional de Cultura em 2011 será de mais R$ 326 milhões. Desde agosto, lei sancionada pelo então presidente da República Luiz Ignácio Lula da Silva, protege os recursos do FNC. O Ministério da Cultura conseguiu, em negociação com o Congresso Nacional, criar uma emenda protegendo o FNC de qualquer forma de contingenciamento.

Em 2007, foram disponibilizados R$ 472,8 milhões do FNC para serem investidos em programas e projetos culturais no ano de 2008. O valor investido em 2009 – aprovado em 2008 – subiu para R$ 523,3 milhões. No ano de 2010 – aprovado na LDO de 2009 – o Ministério da Cultura conseguiu R$ 898,1 milhões para o FNC.

(Marcos Agostinho, Comunicação Social/MinC)